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A estimulação cognitiva é uma das áreas de tratamento de habilitação e reabilitação que oferece uma grande quantidade de atividades que estimula, de forma ampla, os processos de aprendizado e raciocínio, percepção, concentração e memória. Sendo utilizada por muitos profissionais, a estimulação cognitiva ajuda no tratamento de pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Quer saber como? Confira já este artigo que preparamos para você!

O que é TDAH?

Antes de de entendermos como a estimulação cognitiva pode ajudar no tratamento do TDAH, precisamos compreender o que é este transtorno:

O TDAH ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas. Os sintomas, como falta de atenção, inquietação e impulsividade, costumam aparecer na infância, mas persistem durante toda vida. Por isso, a psicopedagoga Kátia Mastrangelo, explica que deve-se ter muito cuidado em tudo o que se fala sobre distúrbios de aprendizagem e da forma que se fala. O TDAH é enquadrado nas áreas de distúrbios de aprendizagem, além de estar na área da saúde mental. “Eu não trato o TDAH como uma doença, mas sim, como uma patologia. A criança já nasceu com isso e não há cura. Ela vai aprender a lidar com os sintomas ao decorrer da vida”, explica.

A identificação dos sintomas ocorre, principalmente, na infância e no ambiente escolar. De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH, em geral, é associado com dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. 

A ABDA caracteriza o transtorno pela combinação dos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Já em adultos com TDAH, os sintomas apresentam-se, principalmente, com problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, problemas na memória, inquietação e impulsividade.

Diagnóstico do TDAH

O diagnóstico deve ser realizado por um médico especializado, como um psiquiatra-neurologista, em conjunto com avaliações do psicólogo e pediatra (diagnósticos em crianças), além do histórico do paciente, avaliação dos pais, psicopedagogos e professores. 

Entretanto, apesar de estar bastante difundido, ainda existem muitos diagnósticos tardios. É comum que adultos, por exemplo, recebam o diagnóstico do transtorno só após os seus 30, 40 ou 50 anos. Isso acontece porque, antigamente, o cuidado com a saúde mental era tratada apenas para doenças incuráveis. Diante desse cenário, a psicopedagoga Kátia chama atenção para o diagnóstico correto do transtorno: “o que vemos hoje, são muitas pessoas adultas, que se enquadram nos sintomas, mas que só os  identificaram através do diagnóstico dos filhos. Isso acontece porque na época que esses pais eram crianças, não existia esse diagnóstico”.

Além do diagnóstico tardio, nem toda criança que apresenta sintomas como lento aprendizado, inquietação, possuem o transtorno. Assim, existem variações dos padrões do TDAH, como crianças e adultos que desenvolvem o aprendizado de forma mais rápida e eficiente, enquanto outras possuem o aprendizado mais lento; além de maior ou menor grau de hiperatividade e desatenção para a execução de atividades.

TDAH e o desenvolvimento de habilidades com a estimulação cognitiva

Como destacamos, pessoas com TDAH podem apresentar características diferentes entre si. Por isso, a psicopedagoga Kátia Mastrangelo nos explica que a estimulação cognitiva é trabalhada como um método que proporciona diversos benefícios e melhorias para o desenvolvimento de cada paciente. 

“O que eu sempre explico para as famílias é que o TDAH é uma condição que a criança vai ter que lidar durante toda a sua vida. Por isso que a estimulação cognitiva é tão importante. Ela vai ajudar a trabalhar as principais dificuldades de cada paciente, promovendo maior controle. Existem situações, como falta de atenção para realizar tarefas da escola, que esses pacientes já conseguem verbalizar e isso permite personalizar esses treinos cognitivos ”, complementa Kátia. 

Assim, a estimulação cognitiva é feita em vários formatos, a partir da avaliação médica e histórico familiar e escolar. Ela vai possibilitar desenvolver habilidades como, memória, processamento auditivo, controle de atenção, controle inibitório e recursos para melhorar a aprendizagem.

Como o Expressia ajuda?

Com a tecnologia assistiva, Kátia Mastrangelo conta que consegue personalizar seus atendimentos, além de tornar as atividades mais estimulantes e interessantes.

“O Expressia é um recurso para utilizarmos a tecnologia de uma forma bastante positiva para estimular as crianças”, destaca a psicopedagoga. Nesse sentido, o Expressia se torna uma ferramenta de grande importância para atrair a atenção dos pequenos para a realização de determinadas atividades.

O aplicativo permite a criação de pranchas de comunicação personalizadas, com a inclusão de imagens, fotografias, sons, letras e outros recursos audiovisuais. No tratamento, Kátia destaca a utilização do Expressia para o treino cognitivo. “O treino pode ser realizado em diversos formatos. Em especial para crianças com déficit de atenção com hiperatividade, trabalho inicialmente o controle inibitório que está ligado à impulsividade. Nesse cenário, preparo atividades no Expressia com tempo de duração e comandos, jogos de controle para apertar os botões, entre outras coisas”, destaca a psicopedagoga.

Confira aqui algumas atividades desenvolvidas pela Kátia que podem ser trabalhadas com pessoas com TDAH e você pode testar agora mesmo!

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