O Expressia é um aplicativo de comunicação alternativa e estimulação cognitiva que apoia usuários, cuidadores e profissionais da saúde, da educação e da reabilitação, no atendimento às pessoas com deficiência. Assim, pensado inicialmente para reabilitação de pessoas não verbais com causas relacionadas ao Autismo, Síndrome de Down, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Paralisia Cerebral, o software tem amplamente utilizado em outras áreas, como educação, música e ensino de idiomas.
Assim, para mostrar as facilidades do Expressia nos atendimentos dos profissionais, convidamos a professora Laureci dos Santos para participar do episódio da série Expressando-se.
Confira quem é Laureci e como o Expressia tem ajudado-a em suas aulas.
Expressia na prática com Laureci dos Santos
Laureci é formada na área de tecnologia, como tecnóloga em redes de computadores. Além dessa graduação, possui também especialização em informática e pós graduação na área de Tecnologia da Informação, além de graduação em pedagogia pela UNESP.
e professora de informática
Quais alunos você atende atualmente?
Trabalho na APAE de Guarulhos há 17 anos dando aulas de informática para alunos com deficiência intelectual. Atendo crianças com seis anos de idade até adultos na faixa de 35 anos, com idade máxima de 38 anos.
Sobre os tipos de deficiência, atendo alguns alunos com síndrome de down, e outros com paralisia cerebral. Atendo também jovens e crianças com autismo, e tenho alguns que têm múltiplas deficiências, como deficiência intelectual cognitiva, associada à surdez ou associada à cegueira.
Como é o seu atendimento?
Assim, tento adaptar a minha aula a vários tipos de atividade para diferentes alunos. E é aí que o Expressia me ajudou e ajuda. Por exemplo, tenho aluno cadeirante com limitações físicas. A mãozinha dele não abre para pegar o mouse. Mas eu vejo que o cognitivo dele está bom, então coloco o Expressia no modo varredura. Com isso, consigo colocar na cadeira de rodas dele ou adapto o teclado e nessa adaptação ele vai clicando no espaço e consegue desenvolver as atividades e acompanhar as aulas.
Além desse exemplo, tenho crianças com transtorno autista bem severo. Eles não se comunicam e não interagem conosco. Assim, diante desses casos, utilizo soluções assistivas e combino com fotografias da família e de coisas que o aluno gosta e com isso eu consigo que ela participe.
Dessa forma, vou aumentando ou ajustando o grau das atividades, colocando mais informações, mais rimas, mais palavras e procurando sempre dificultar e ir adequando para o nível cognitivo daquele determinado aluno.
Todas as aulas que você dá na APAE são aulas de informática?
São. Eu trabalho em conjunto com as professoras da APAE e procuro abordar temas que complementam aquilo que o aluno está vendo na sala de aula de ensino regular, aproveitando para trabalhar tema com eles.
Como você enxerga a tecnologia dentro da sala de aula? Como ela auxilia no aprendizado?
O Expressia auxilia 100%. Aliás, tem aluno que, em sala de aula, não apresenta resultado, e na aula de informática ele apresenta. Tive um aluno, por exemplo, que com o meu direcionamento fez uma obra de arte no papel. Depois ele transportou essa obra de arte para um desenho na tela e foi produzindo vários desenhos no Paint. Por isso a tecnologia é tão importante. Ela abre portas e estimula. E o resultado vem, e é muito gratificante, é muito bacana.
Para um amigo de profissão que ainda não conhece o Expressia, o que você falaria para ele?
Assim, sempre falo sobre o que é possível ao utilizar a ferramenta. Além disso, coloco nos meus Stories, no meu Facebook. Assim, no meu trabalho com as professoras, mostrei como ele funciona, fiz atividades nas pranchas e fiz uma pequena apostila com o passo a passo bem fácil do Expressia. Dessa forma, elogio sempre porque é uma ferramenta maravilhosa. Ele facilita muito a criação de conteúdos para utilizar em inúmeras áreas.
Confira algumas fotos dos alunos da Laureci utilizando o Expressia em suas aulas na APAE de Guarulhos (SP)
