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Teleatendimento na Educação Inclusiva

É considerado teleatendimento qualquer  acompanhamento especializado à distância realizado através de aparelhos tecnológicos. Os atendimentos são definidos de acordo com a necessidade estabelecida pelo profissional. Com o distanciamento social e o isolamento, estes acompanhamentos remotos passaram a ser uma ótima opção para o tratamento de pessoas com deficiência. Com isso, tornou-se um dos caminhos trilhados por muitos profissionais da área de reabilitação e educação inclusiva, como a psicopedagoga, Kátia Mastrangelo, que nos conta sobre o teleatendimento na educação inclusiva. 

O trabalho de Kátia com o teleatendimento

Kátia Mastrangelo atua com a psicopedagogia na educação inclusiva, área multidisciplinar que une os saberes e práticas da pedagogia e da psicologia. A profissional diz que nunca havia trabalhado com acompanhamento à distância em suas terapias. No entanto, com o distanciamento social, encontrou a possibilidade de iniciar o teleatendimento. De início, Kátia e sua equipe realizaram reuniões virtuais com os pais e responsáveis de seus pacientes para apresentar este modelo de acompanhamento. Assim, além das orientações necessárias para a realização do atendimento à distância, seus pacientes também começaram a receber atividades e materiais para auxiliá-los no dia-a-dia em seus tratamentos. 

Para Kátia, a rotina do teleatendimento na educação inclusiva é bem produtiva, efetiva e auxilia muito no desenvolvimento das habilidades cognitivas dos pacientes. “Eu envio as atividades personalizadas para cada criança, dependendo da habilidade que precisamos trabalhar.”, destaca. Dessa forma, seus pacientes conseguem realizar essas tarefas de forma conjunta e simultânea com a psicopedagoga.

Educação inclusiva e a tecnologia assistiva

Nesse cenário, pensando em aprimorar e aperfeiçoar as suas estratégias, a psicopedagoga buscou alternativas para além das tarefas impressas em papel. Primeiramente, Kátia encontrou o auxílio da TiX (empresa dos mesmos fundadores do Expressia) como caminho para estimular e incentivar os seus pacientes na realização do teleatendimento. “Inicialmente, eu inseri os equipamentos na casa de cinco pacientes, conversei com as famílias e fizemos este acordo”. Para isso, a psicopedagoga e sua equipe estão realizando os teleatendimentos com o auxílio do Teclado Inteligente Multifuncional TiX. Assim, o dispositivo substitui o teclado e mouse convencionais e permite que pessoas com limitações motoras e de comunicação acessem computadores, tablets e smartphones.

Depois disso, com a criação do Expressia, Katia passou a utilizar o aplicativo no atendimento de pacientes com Autismo e Trissomia 21, por exemplo. Com o App ela cria atividades personalizadas, focadas para a necessidade e até mesmo os gostos pessoais de cada paciente. “Criei uma atividade com os personagens do desenho animado preferido de um dos meus pacientes, o que fez com que ele se interessasse muito mais por ela.”

Benefícios do teleatendimento na educação inclusiva

Além disso, com o Expressia é possível que atividade seja feita durante o atendimento online e também depois, pois é muito fácil seu compartilhamento. “No caso dos pacientes com Trissomia 21, a repetição das atividades é muito importante. Então, eles podem refazer a atividade várias vezes fora do horário do atendimento e eu tenho a segurança que ele fará a atividade corretamente, pois executará exatamente a atividade que desenvolvi no aplicativo”, diz Katia.

Nesse sentido, o teleatendimento na educação inclusiva têm proporcionado grandes benefícios aos seus pacientes. “Crianças que não tinham muito foco durante a realização da terapia no consultório estão com mais foco no teleatendimento”, afirma Kátia, que também evidencia como as próprias famílias estão percebendo que este modelo está sendo muito produtivo e benéfico. Além disso, a profissional destaca o contato e a presença da família durante as sessões, contribuindo muito com o acompanhamento e evolução da criança. 

Kátia Mastrangelo – Psicopedagoga