A comunicação alternativa é uma área de estudos e técnicas que permite criar métodos para que pessoas com deficiências possam se comunicar. Assim, comunicação alternativa destina-se às pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou com defasagem entre suas habilidade de comunicação, fala e escrita. Mas, como iniciar a comunicação alternativa?
Dessa forma, no mês destinado à conscientização sobre a comunicação alternativa entrevistamos a fonoaudióloga, Fernanda Damasio, para contar um pouco sobre o assunto. Ficou curioso? Então continue lendo este artigo e aproveite para conhecer nossas outras publicações sobre o tema no blog na Expressia e da TiX.
Fonoaudióloga do Expressia
Comunicação alternativa como método de inclusão
A comunicação é a base das nossas interações sociais além de moldar nosso pertencimento no mundo e manifesta-se como grande propulsora da formação da nossa identidade e das relações com o que nos rodeia.
Diante deste cenário, entender as necessidades de pessoas com deficiências é fundamental para promover uma sociedade inclusiva. Assim nasce a área sobre Comunicação Alternativa. O termo vem da nomenclatura Comunicação Aumentativa e Alternativa (da tradução de “Augmentative and Alternative Communication – AAC), podendo ser chamado simplesmente de CA além de “Comunicação Suplementar e Alternativa – CSA” e “Comunicação Ampliada e Alternativa – CAA”.
Para a fonoaudióloga Fernanda, a grande importância da Comunicação Alternativa é a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. Formada em 2019 na Puc-Minas, Fernanda trabalha com pacientes com grande dificuldade de fala ou que não verbalizam. “Trabalho desde 2019 com Comunicação Alternativa e hoje a CA é a minha principal ferramenta de trabalho. Com meus pacientes, nos casos para desenvolver falas, uso a CA para ser suplementar, ou seja, vai auxiliar a fala. Agora, no caso de pacientes que não verbais, a CA é utilizada como principal meio de comunicação”, afirma.
Como iniciar a Comunicação Alternativa?
A Comunicação Alternativa pode acontecer com a valorização da expressão da pessoa ao utilizar outros canais de comunicação como gestos, sons, expressões faciais e corporais para manifestar desejos, necessidades, opiniões e posicionamentos.
Outra forma é a utilização de auxílios externos, como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas, fotografias e imagens e tecnologias assistivas como o Expressia.
Dessa forma, Fernanda enfatiza a personalização do atendimento para iniciar a comunicação alternativa : “Primeiro a gente recebe a família e fazemos uma avaliação. Depois elaboro com a família as intervenções dentro da necessidade de cada paciente. Assim, cada pessoa vai ter um método para introduzir a Comunicação Alternativa. Essa metodologia vai ser única e completamente personalizada. Por exemplo, um paciente com transtorno do espectro autista (TEA) vai ter necessidades diferentes do que um com paralisia cerebral. Para pacientes cadeirantes, os símbolos precisam ser mais fixos, já para quem tem alguma deficiência visual, teremos que usar maior contraste. Já no caso do TEA, a comunicação será mais rápida e imediata. Após detectar essas necessidades, vem a escolha da tecnologia assistiva, da montagem de atividades em pranchas de comunicação. Nessa escolha eu opto sempre pelo Expressia, que é uma software mais completo e de fácil utilização”.
Independente do tipo de auxílio que for utilizado é importante começar sempre com o que motiva a pessoa e gera interesse. Montar listas visuais de rotina semanal, explorar atividades com jogos, providenciar símbolos de todo o vocabulário e das atividades realizadas na casa são bons exemplos para utilizar a Comunicação Alternativa no dia-a-dia.
Como o Expressia pode ajudar?
O Expressia foi desenvolvido por profissionais de reabilitação e educação inclusiva. Assim, a tecnologia foi pensada para criar atividades e métodos de comunicação para alunos e pacientes com alguma deficiência, visando diversas finalidades de estimulação. O software permite montar pranchas para comunicação alternativa, formando atividades interativas com fotos e imagens, sons, música e vozes personalizadas. De fácil acesso, tanto para os profissionais quanto para os usuários.
Além disso, Fernanda afirma que tecnologias como o Expressia revolucionaram a forma de construir os atendimentos de pacientes com deficiência. “O app revoluciona os atendimentos, primeiro pelas funcionalidades que são personalizáveis. Dessa forma, ele permite uma integração com toda a equipe, como fonoaudiólogos, família, terapeutas, professores. Essas inovações assistivas são divisores de água e facilitaram a introdução da CA”.
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